sábado, 6 de junho de 2009

A personalização de jogos eletrônicos


Uma das grandes características oferecidas pelas mídias digitais são as suas virtualidades, as possibilidades inerentes aos seus produtos e sub-produtos. Muitas vezes, nem mesmo os criadores de determinado produto digital (seja ele um site de relacionamentos, um microblog, um videogame com controle de reconhecimento de movimento corpóreo do jogador) conhecem as possibilidades que se escondem por trás de suas invenções.

É nesse contexto que se inserem os Mods: modificadores que permitem a expansão das possibilidades de um game. Eles se tratam de um tipo de personalização de games e estão inseridos no contexto de sua auto-referencialidade – metagames (games dentro de games), meta-histórias (histórias dentro de histórias) e intermidialidade (diálogo dos games com outras mídias, como o cinema) são alguns outros exemplos de auto-referencialidade em games.
O mod é um tipo de auto-referencialidade porque, partindo de uma base conhecida (o código-fonte de um game), o jogador pode encontrar a sua própria base, e uma série de novas versões pode ser implementada.

No exemplo abaixo, um usuário de celular fez uma modificação do jogo Doom, criando texturas que se parecem com as utilizadas pelo jogo Counter Strike. Assim, foi possível criar a ilusão de que ele está jogando Counter Strike no seu celular.



SANTAELLA, Lúcia. O paroxismo da auto-referencialidade nos games. In: SANTAELLA, L. & FEITOZA, M. Mapa do Jogo. São Paulo: Cenage Learning, 2009.

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